[ESPECIAL] A Evolução dos Cartuchos de Videogames

On sexta-feira, 10 de dezembro de 2010 4 comentários

E aí amigos retrogamers tudo em cima? Estamos aqui para apresentar à vocês mais um especial do blog Summonando. Desta vez vamos mostrar a evolução dos cartuchos de videogames. Voces verão muitos, mas muitos (não todos) cartuchos de consoles de diversas gerações e com isso acompanharemos a evolução de design, capacidade de armazenamento e tamanho dos nosso preciosos dispositivos que guardam o principal produto dos videogames: os jogos.
Reviramos o fundo do baú e achamos diversos cartuchos curiosos e legais, mas não se preocupem, tiramos toda a poeira que tava acumulada pra matéria vir limpinha limpinha pra vocês (pressinto colecionadores rangendo os dentes com essa piada hahahaha).

Bom então se ajeite na cadeira que a partir de agora é No Mercy ! Especial a evolução dos cartuchos de videogame !  Sigam-me os bons...


Bom para começarmos a falar sobre cartuchos, nada melhor do que primeiramente sabermos a definição e utilidade desse dispositivo.

Uma Cartucho de videogame nada mais é do que um meio de armazenamento onde os dados dos jogos (audio, imagens, videos, etc) são armazenados. Ou seja, o cartucho armazena o software contendo o jogo de determinado console, e o console processa as informações contidas no cartucho executando o jogo. 
Os cartuchos tambem são chamados de Fitas, ou se irmos á algum site estrangeiro verão que eles são chamados de Cartridge ou mais especificamente ROM Cartridge. Uma curiosidade é que a Nintendo durante muitos anos usou o termo Game Pak para se referir aos aos cartuchos de seus videogames.
Eles são bons dispositivos pois resistem à quedas (não muitas, por isso não vá sair jogando cartuchos no chão hein), o problema é que alguns cartuchos de jogos de videogames perdiam os "saves" dos jogos quando eles caiam no cham ou após uma pancada mais forte (vai me dizer que você nunca derrubou um Donkey Kong ou Legend of Zelda: A link to the past no chão e perdeu todos os saves do cartucho...NÃO?!? eu já. Isso sem falar quando sua mãe vinha varrer perto do seu videogame e sem querer varria o fio travando o console e as vezes ferrando com o save da fita tbm.)

Bom veremos a partir de agora como os cartuchos evoluiram, não da parte de design (essa variou pouco) mas sim da parte de armazenamento, onde evoluiu significativamente até a chegada dos CDs com maiores capacidades de armazenamento.


A Evolução dos Cartuchos: 

Bom vamos ao que interessa, primeiramente não tem como falar dos cartuchos sem dar uma pequena explicação sobre alguns dos consoles, outro ponto foi que nós não colocamos os cartuchos dos consoles portáteis ou handheld demos foco apenas nos consoles de mesa (e acreditem ainda assim temos muuuita coisa). Então   assopre o seu cartucho e simbora dar play nisso.


Magnavox Odyssey

O Odyssey 100 vinha com placas de circuito impresso externas, que não continham os jogos propriamente ditos, eram na verdade "jumpers" gigantes que mudavam a posição dos 2 quadrados brancos que o console gerava. Não havia nenhum microprocessador incluído no console.  Inicialmente foram ofertados 12 títulos, a maioria deles de esporte, que podiam ser trocados pelo usuário.
Magnavox Odyssey console já usava "cartuchos", mas existe uma diferença fundamental entre o "cartucho" do Magnavox e o cartucho de videogame que todos conhecemos: o cartucho deste console não possui ROM. Isso fere a definição de cartucho de videogame.

O "cartucho" do Magnavox contém uma série de pinos e jumpers que quando inseridos no console interage com outros componentes para mostrar o jogo na tela da TV. Não é um cartucho programável, como os que veremos daqui pra frente

Apenas um adendo cartões de pontuação (de papel) foram incluídos, pois o console não mantinha as pontuações, assim como dois cartões plásticos (conhecidos como overlays), que eram colocados na tela da TV para simular o ‘fundo’ certo do jogo. Havia também, como opcional, um rifle (precursor das ‘pistolas’ que conhecemos hoje em dia). O console funcionava com baterias, mas um adaptador AC também poderia ser comprado.

"Cartucho" do Odyssey

1292 Advanced Programmable Video System (1976):

Este console lançado em 1976 pela companhia alemã Radofin foi um dos primeiros(se não o primeiro) console a utilizar cartuchos de videogames com ROM. O console vinha com 2 cartuchos: Pro Sport 60, também conhecido como Olympics, e Invaders. O 1292 ganhou diversos clones e se espalhou bem pela Europa, chegando até mesmo na Austrália e Nova Zelândia.
Os cartuchos funcionam perfeitamente em alguns de seus clones, entretanto, há clones em o tamanho do encaixe no cartucho é maior ou menor que o cartucho original. Mas como a "criatividade" tambem é usada para fins ilicitos um adaptador foi criado para resolver esse problema.
A capacidade dos cartuchos do 1292 são de incríveis 4 k, isso mesmo apenas 4 k. Mas havia uma variação entre 2 k e 6 k.
Alguns clones do 1292: Temos o mais famoso deles, o VC-4000, que para alguns não é considerado clone, para outros é. Enfim, ele foi produzida pela mesma Radofin, por isso, creio eu, que ele esteja mais para uma versão do que para um clone, até porque se bobear ele é mais famoso que o próprio "1292".
Outra versão alternativa (hehe) do 1292 são o Acetronic e o frânces MPT-05.

Uma particularidade desta família de consoles (1292 e clones) é que o jogo precisa ser carregado na memória do console ao invés de ser lido direto do cartucho. No caso do VC-4000, por exemplo, tem que se apertar o botão de RESET para fazer esta carga.




Cartucho Original do 1292                                           Cartucho do Acetronic

VC-4000 versão alternativa do 1292?                             cartucho do VC 4000

Cartucho do frânces MPT-05

Fairchild Channel F

Esse foi um console que possuiu apenas 26 cartuchos, mas alguns destes cartuchos continham mais de um jogo, tais cartuchos chamados de Multicards eram muito comum antigamente.

Os cartuchos do Fairchild contêm etiquetas com as intruções do jogo nele, alem de um número sequencial bem pequeninho (tá bom é grande hahaha), este ulitmo talvez tenha sido uma tentativa de atrair os consumidores a colecionar os cartuchos. Alem disso cada cartucho vinha com a palavra videocart seguida do número correspondente ao cartucho escrito no "rodapé" do cartucho".
O Videocart-01, que teoricamente foi o primeiro cartucho de videogame fabricado, apresenta 4 jogos: Tic Tac Toe (Jogo da Velha), Shooting Gallery (um antepassado do Combate do Atari), Doodle (desenhos na tela) e Quadra Doodle (mais desenhos na tela).


  Cartuchos Fairchild, bem bonitos não?



RCA Studio II

O Studio II é um misto de Telejogo com os consoles "modernos" da época, ele é um console que possui jogos na memória mas que tambem aceita cartuchos, que por sinal, são cheios de marra (hahahahaha). Os cartuchos do RCA têm duas características singulares:

- Os cartuchos possuem 2 buracos na parte inferior que se encaixam em 2 pinos existentes no slot.
- Esses cartuchos possuem conexões apenas de um lado da placa.
Detalhes do cartucho de de seu encaixe:






Atari 2600

Os cartuchos de Atari 2600 eram padronizados, mas em 1980 a Atari permitiu que a Activision também fizesse jogos para o console e depois dela várias outras softhouses também passaram a produzir jogos para o Atari. Com essa mudança começaram a surgir alguns cartuchos de Atari de formatos diferentes, já que nem todas softhouses respeitavam o formato original. Além disso, o sucesso do Atari 2600 foi tão grande que chamou a atenção adivinhem de quem...... Tchanaaaaann !!!! Sim,  dos piratas! Vários clones não licenciados do console apareceram no mercado assim como cartuchos piratas.

Abaixo cartuchos feitos para um clone canadense do Atari. Repare que nem tem o nome do jogo na etiqueta do cartucho.

Aqui no Brasil os cartuchos de Atari foram chamados durante muito tempo de fitas de Atari. No início da década de 80, época em que o Atari foi lançado oficialmente no Brasil, ainda não havia se cunhado o termo cartucho para se referir aos videogames. Então você ía às lojas comprar fitas de Atari e às locadoras alugar fitas de Atari.
Foi com o Atari também que começou-se a falar em geração de jogos. Como o console teve vida longa, ao contrário de seus antecessores, houve tempo suficiente para que os programadores fizessem jogos cada vez mais sofisticados para o Atari 2600. Havia os cartuchos de primeira, segunda e terceira geração. Os de primeira geração tinham apenas 2K, os de segunda 4K e os de terceira 8k ou mais.


Os cartuchos da terceira geração possuem um chip especial para a troca da ROM, permitindo assim uma capacidade de armazenamento maior. Esta técnica, batizada de bank switching, é originária dos computadores e passou a ser usada em cartuchos de diversos consoles desde então. 

Alguns cartuchos com vários jogos, como o 4 em 1 da Dactar abaixo, possuem uma chavezinha (dip switch) no corpo do cartucho para selecionar o jogo. No Brasil algumas companhias produziram multicarts com esse sistema, mas esses cartuchos não são exclusividade nacional, apesar de serem mais comuns aqui.

O famoso Dactar e sua chavinha


APF M1000

Esse console esta mais para um hibrido entra Computador e Console. Ele pode ser encaixado como parte da Imagination Machine uma especie de computador. Observe na figura abaixo, a parte cinza é o console, e a branca é onde se acopla junto com o teclado e gravador.


Só foram lançados 12 cartuchos para o console. O MP1000, lançado no ano seguinte, é a mesma coisa só que vem com um jogo na memória.
Com exceção do cartucho do Space Destroyers, que tem um rótulo com fundo amarelo e é maior que os outros, todos os cartuchos do sistema são quadrados com o rótulo com fundo azul. 




Bally Astrocade

O Astrocade é um dos primeiros console concebido por uma equipe da Midway. Foi comercializado somente por um tempo limitado antes da Bally decidiu sair do mercado. Os direitos foram posteriormente recolhidos por uma empresa terceirizada, que re-lançou e vendeu, até por volta de 1983. O Astrocade é particularmente notável por suas capacidades gráficas, muito boa para época por sinal



VTech CreatiVision 

O Video Technology CreatiVision ou simplesmente VTech CreatiVision foi um híbrido de console/computador criado pela VTech em 1981. Ele é similar ao APF, citado anteriormente aqui,.
Ele foi distribuido em vários países da Europa e na Africa do Sul, além da Austrália, neste ultimo lançado com o nome de Dick Smith Wizzard. Alias outros nomes não faltaram, uma boa lista versões com diversos nomes foi lançada, sempre OFICIALMENTE pela VTech (o por que não me perguntem, quem sabe marketing? ), exemplos de nomes são: FunVision Computer Video Games System, Hanimex Rameses and Dick Smith VZ 2000








Epoch (Super) Cassette Vision 

Epoch (Super) Cassette Vision foi um console de videogame feito pela Epoch e lançado no Japão em 30 de julho de 1981. Apesar do nome, o console usava cartuchos, e não cassetes, e tem a distinção de ser o primeiro console programável de videogame a ser feita no Japão. Os seus gráficos eram menos refinado do que o Atari 2600, e os controles tinham apenas 4 botões. Embora o Cassette Vision não teve uma fantástica vendeda, conseguiu emplacar à saída de uma versão menor, chamado a versão mais barata, Cassette Vision Jr. e um sucessor chamado de Super Cassette Vision. Este último foi lançado em 1984, e foi vendido na Europa, com pouco sucesso.
Mas vamos ao que interessa, os seus cartuchos, alem de algumas fotos do consoles e suas versões:

Consoles Epoch (Super) Cassette Vision

 Cartuchos Epoch Cassete Vision
 


Arcadia 2001



O Arcadia 2001 (ou Leisure Vision) é um consola de jogos da segunda geração de consoles de 8-bit, produzido pela Emerson Radio Corp. É considerado melhor do que o console dominante na época, o Atari 2600, mas perdeu sua posição com o advento do Atari 5200 e o ColecoVision. O sistema de jogos era composto por 51 jogos únicos e 10 variações. Os gráficos eram similares aos do Intellivision e do Odyssey.


cartucho Arcadia 2001



ColecoVision

ColecoVision é o video game de segunda geração da Coleco Industries lançado em agosto de 1982. Ele oferecia gráficos e estilo de jogo de qualidade similar aos encontrados nos fliperamas (arcades) da época, a possibilidade de se utilizar jogos de outros consoles (notadamente o Atari 2600) e meios de expansão de hardware.
O ColecoVision foi lançado inicialmente com um catálogo de 12 títulos, com mais 10 lançados em maio de 1982. Ao final de sua era, possuía cerca de 170 títulos que foram lançados entre 1982 e 1985.





Vectrex 


Esse vai ter que ser batidão do Wikipedia ! Nunca tinha visto esse... Enfim, o Vectrex foi um console de videogame de 8 bits, de 2ª geração, lançado em 1982 pela General Consumer Electric (CGE) que, posteriormente, foi adquirido pela Milton Bradley Company.
O Vectrex, que usava o processador Motorola MC68A09 (olha a Motorola aíííí hehehe), era o único videogame que empregava e apresentava gráficos vetoriais em seu monitor pré-integrado ao console, ao qual era possível conectar até dois controladores. Seu preço de lançamento, em novembro de 1982, era de 199 dólares (o que era muito dinheiro pra época, presumo eu). As primeiras unidades possuíam um defeito de fabricação: emitiam um perturbador ruído pelo alto-falante interno que, ao mesmo tempo, interferia nos gráficos gerados na tela. Tal problema, porém, foi corrigido nos modelos posteriores.
Ao contrário de outros consoles de videogame, que eram diretamente conectados a aparelhos comuns de TV, o Vectrex possuía seu próprio monitor, no qual apresentava gráficos vetoriais. A tela do monitor do Vectrex era monocromática e, em razão disso, usavam-se filtros especialmente projetados para dar ao usuário a ilusão de cores, além de reduzir os efeitos "flicker" gerados pelo monitor. Como a maioria dos jogos mais populares usavam gráficos vetoriais, a GCE chegou a lançar, separadamente, versões de jogos com gráficos de alta qualidade, como Space Wars e Armor Attack. Os dois únicos periféricos disponíveis para o Vectrex, além dos controladores, que continham joysticks analógicos, foram a caneta ótica e o gerador de imagens 3D. Como o mercado de videogames declinou abruptamente, o Vectrex saiu do mercado logo no início de 1984.
Em 1988, a Smith Engineering chegou a projetar uma versão handheld do Vectrex, não obstante ao grande risco representado pelo pequeno e popular Game Boy, da Nintendo. Em meados de 1990, a Smith Engineering liberou a reprodução da imagem do sistemaVectrex e seus cartuchos para usos não comerciais, visando manter vivas as comunidades de usuários e desenvolvedores (a mais importante destas é a Home Brew).
De fato, ainda hoje surgem novos jogos para esse console (será?!?!?) e muitos outros continuam em desenvolvimento. Também novos periféricos surgiram, como o VecVox (um sintetizador de voz). Depois disso VAMOS AO CARTUCHO !


 



MSX


Com uma arquitetura de micro computadores pessoais o MSX acabou se tornando um video game de luxo por ter uma boa qualidade nos jogos.





 PV-1000

O PV-1000 foi um console fabricado pela Casio e lançado no Japão em 1983. Ele era alimentado por um micro-processador Z80A, e tinha apenas 2 KB de RAM disponível, com 1 KB dedicados ao seu gerador de caracteres.Ele tinha uma resolução de 256x192 pixels e tinha 8 cores disponíveis. Foi lançado juntamente com um computador conhecido como o PV-2000, que é compatível com os controles do PV-1000, entretanto não é compatível com os jogos. No mesmo ano, a Casio lançou outros dois consoles, o PV-7 e do PV-16. O PV-1000 inicialmente foi vendido por 14.800 ienes.
A Casio não conseguiu atingir uma quota de mercado significativa. Falam que o console foi retirado das prateleiras em questão de semanas, tornando o mesmo extremamente raro.




Commodore 64 Games System 



O Commodore 64 Games System, ou simplesmente abreviado como C64GS foi uma versão em console do popular computador Commodore 64. Foi lançado pela Commodore, em dezembro de 1990 . Foi só já lançado na Europa e foi um fracasso comercial considerável.
Durante sua curta vida, o C64GS veio junto com um cartucho com quatro jogos: Fiendish Freddy's Big Top O'Fun, Internacional Soccer, a Flimbo's Quest e Klax.





TurboGrafx-16 ( PC Engine)

Em 1987 a NEC Corporation juntamente com a Hudson Soft (sim a do Bomberman) lançaram um novo console de videogames: o TurboGrafx-16, também conhecido como PC Engine.
Um fato importante a se ressaltar é que apesar de muitos pensarem que a TurboGrafx-16 é um videogame de 16 bits, talvez pelo seu "16" no nome, na realidade sua CPU principal é de 8 bits e sua PPU (Picture Processing Unit - responsável pelos gráficos) essa sim é de 16 bits, o que proporcionava gráficos sensacionais para a época. Outro item de destaque e que mais interessa para nós nesse momento era o formato dos cartuchos: chamados de HuCard, eram praticamente do mesmo tamanho de uma cartão de crédito.


O TurboGrafx-16 talvez tenha sido tambem o primeiro videogame a ter um leitor de CD-ROM. Esse leitor era uma cessória à parte, mas isso diferenciava ele dos seus concorrentes pois a qualidade de um CD era bem superior aos cartuchos da época. Mais tarde a NEC lançou o PC Engine Duo, que já vinha com o leitor junto com o console


TurboGrafx-16
PC Engine

                                
E dois exemplos dos HuCards, a mídia do PC Engine e TurboGrafx-16


SG-1000

O SG-1000 foi um console da segunda geração (é eu não estou colocando muito cronologicamente não é, mas enfim o foco são os cartuchos hahaha) de videogames lançado pela Sega em 1981, na sua versão de testes e em 1983 para o mercado. O console de 8 bits não foi muito bem, porém ele abriu um importante caminho para seu sucessor, o Master System, que alcançou um grande sucesso no mercado dos games.
Cartucho do SG-1000 (jogo Monaco G.P.), bem simples não?

Olha o logo bonitinho da Sega estampado nele. Gostei do visual.

Master System

Bom pessoal, desse não preciso nem falar muito né, a maioria já conhece. Mas enfim, foi lançado em 1990 pela Sega, com grande sucesso na Europa e aqui no Brasil. Teve duas váriantes, o Master System II e o III.
Agora vamos ver como eram seus cartuchos...









Nintendo Entertainment System, ou simplesmente NES 


Originalmente lançado no Japão em 1983 com o nome de Nintendo Family Computer, ou apenas Famicom, o sistema foi redesenhado e recebeu o novo nome (NES) para ser lançado no mercado americano em 1985. O NES/Famicom foi o videogame de maior sucesso comercial na sua época, ajudou e muito a indústria de videogames a se recuperar da crise de 1983 e estabeleceu novos padrões que seriam seguidos pela indústria. Digamos que foi por causa dele que a industri dos games não sucumbiu ao "crash". Também foi o primeiro console a ser produzido por terceiros, o que ajudou a divulgar o sistema em todo o mundo. O NES também foi um dos primeiros consoles a se apoiar em jogos feitos por terceiros e não apenas pela própria fabricante (Uma grande sacada da Nintendo).

                       NES e Famicom, respectivamente.

 

cartucho cinza, versão americana, já o amarelo é do Famicom, versão Japonesa 


Action Max 

Esse console lançado em 1987 é bem peculiar pelo fato de que su mídia são VHS ! Isso mesmo VHS aquelas fitas que você assistia filmes. O console vinha com uma pistola, um sensor de movimento que era acoplado na televisão e conforme a fita com o jogo ia rodando você ia jogando. Estranho não?



Amstrad GX4000

Temos tambem o GX4000 da Amstrad, lançado em 1990 na Europa, não teve muito sucesso. Mas era bem poderoso para a época. Gostei bastante do desing dele, mas vamos ao cartucho que é o que interessa...
Console com o cartucho, bem bonito não acham? 
cartucho


Mega Drive

O Mega Drive foi um console da geração de 16 bits da SEGA que concorria diretamente com o Super Nintendo (uma época de outro nos games, a concorrência entre eles trouxe uma porrada de games bons). Conhecido como "Genesis" nos Estados Unidos, o console fez grande sucesso na década de 1990, entretanto, assim como seu rival SNES perdeu espaço após o surgimento e popularização da nova geração de consoles de 32 bits, como o Playstation da Sony. Entre os jogos mais ocnhecidos temos o seu mascote, Sonic !


cartuchos do Mega Drive

Alias apenas um adendo, o Mega Drive tambem teve um ADD-ON (periférico) que permitiu rodar jogo em CD. Chamado de Sega CD ou Mega CD.O Sega CD era um periférico que se ligava ao Mega Drive e disponibilizava assim a execução de jogos gravados em CD, novidade para época. Oacessório poderia ser usado em conjunto até com o 32x, tendo potência equivalente a um PlayStation ou Sega Saturn. Mas o console nunca decolou, por causa de seu alto preço e jogos já lançados em cartucho. Anos depois, a Sega lançou um aparelho com o hardware do Mega Drive já acoplado com o Sega CD, chamado de Sega CDX, sendo possível jogar os jogos das ambas plataformas, além de seus respectivos acessórios. A Nintendo tentou um periférico desse, mas ela acabou criando sua principal rival. Veja como aqui no "Pause Dramático".




Neo-Geo e Neo Geo CD

Neo-Geo é um sistema de jogos para arcade e consoles lançado em 1990 pela empresa japonesa de jogos SNK. Para a época apresentava gráficos coloridos e bem detalhados além de áudio de alta qualidade. Inicialmente vendido com um sistema para arcades, depois foi vendido em versão doméstica. As duas versões são conhecidas como MVS (Multi Video System, para arcade) e AES(Advanced Entertainment System, sistema de entretenimento avançado, ou simplesmente a versão doméstica).

Devido ao alto preço do Neo-Geo AES, a SNK resolve lançar um modelo mais barato, já que o console de cartucho era extremamente caro, e seus jogos também (um bom jogo custava cerca de $300, o preço de lançamento do Neo-Geo CD), a solução foi usar o CD no lugar do cartucho. Nasceu então, em 1994, o Neo-Geo CD, que não devia nada em potência ao Neo-Geo original, e tinha um som melhorado, devido ao sistema de cd, seus jogos também eram bem mais baratos, devido ao uso do cd, que custava em média 5 vezes menos do que os cartuchos utilizados no Neo-Geo, o console lia também cds de música. 
Particularmente gostei e gosto muito desse console, joguei diversas vezes na casa do meu amigo (o NG CD), um charme a mais é o seu controle, que gostei muito do design.

Neo Geo versão cartucho. 
cartucho Neo Geo



Super Nintendo Entertainment System 

O famoso SNES, ou na versão japonesa Super Famicom assim como seu antecessor o NES tem cartuchos diferentes para as versões americana e japonesa, chegando até a ter uma "travinha", que está mais para um pininho,  para que jogos da versão japonesa não rodasse no americano e vice-versa. Foi lançado em 1990, obviamente pela Nintendo.


versão americana
versão japonesa
Diferença entre os cartuchos. O tamanho não varia muito, o que varia é o encaixe.

FM Towns Marty 

FM Towns Marty foi um console de videogame que foi lançado em 1993 pela Fujitsu, exclusivamente para o mercado japonês. Era o sucessor do FM Towns, lançado em 1989. O FM-Towns Marty foi o primeiro console de 32 bits, com uma CPU 386 e leitor de CD e disquete, isso mesmo, disquete. O console era compatível com todos os jogos lançados anteriormente para o FM-Towns e sua tecnologia era muito superior aos consoles 16 bits. Foi lançado apenas no Japão e sucumbiu diante do poderosos consoles 32 bits da Sony e Sega, afinal, concorrer com o PlayStation na era de ouro dele não foi fácil.

FM Towns MArty console e sua midia CD


Entrada do disquete e disquete


 Super A'can

O Super A'can foi um console lançado exclusivamente em Taiwan no ano de 1995 pel Funtech Entertainment. Após sua primeira aparição surgiram rumores de que era um clone do Super Famicom/Super Nintendo por su case e controles serem similares aos da Nintendo, mas o hardware é similar ao Mega Drive e Neo Geo, ou seja, é um "catadão" dos consoles da época. Embora tivesse o apoio de grandes empresas de Taiwan, não deu certo por alguns motivos: o custo era elevado e o surgimento das potentes tecnologias 3D como o playstation mataram de vez esse console.

Super A'can Console
Super A'can Cartuchos e Caixas
Atari Jaguar

O Atari Jaguar foi um console de videogame lançado pela Atari em 1993. Ele foi desenvolvido com o intuito de superar o Mega Drive e o Super Nintendo em poder de processamento. Ele disputou mercado com o 3DO e posteriormente com os consoles de video game de quinta geração. O Jaguar foi lançado inicialmente em algumas cidades selecionadas dos Estados Unidos em Novembro de 1993 e posteriormente no resto do país em 1994. Embora tenha sido promovido como primeiro console de 64 bits, o Jaguar provou ser um fracasso comercial, e levou a Atari a abandonar o mercado de consoles domésticos. Apesar de haver sido um fracasso comercial, o Jaguar possui muitos fãs e estes produziram muitos jogos Homebrew, fazendo do console um clássico.
Alem do cartucho o Jaguar teve um periférico que permitia rodar jogos em CD, o jaguar CD.





PlayStation

Consolidou de vez o CD como mídia de jogos, lançado em 1994 pela Sony. O console vendeu MUITO bem e fez MUITO sucesso, acabou com o monopólio da Nintendo e estabeleceu uma concorrência de peso com a Nintendo.



Sega Saturn


O Sega Saturn é um console de videogame de 32 bits lançado pela Sega em 22 de Novembro de 1994 no Japão. Tornou-se um console popular no Japão devido à seu marketing de sucesso, com o personagem Segata Sanshiro criado especialmente para o marketing do Sega Saturn, porém ele não conseguiu repetir o sucesso na América do Norte e Europa frente seus concorrentes,Playstation e Nintendo 64.
Sua mídia assim como de seu concorrente PlayStation foi o CD, enquanto seu outro concorrente Nintendo 64 ainda insistia no cartucho.


Nintendo 64

Nintendo 64 foi o terceiro console de video-game doméstico da empresa japonesa Nintendo. Ele foi lançado no ano de 1996 e foi o "ultimo dos samurais" dos cartuchos. Em meio as novas plataformas que usavam o CD como mídia, a Nintendo insistia nos cartuchos. Sairam bons jogos, mas o playstation com a maior capacidade e qualidade dos CDs ganhou mercado e as muitas desenvolvedoras de jogos qu eram exclusivas da Nintendo romperam a exclusividade com a mesma e passaram a produzir jogos onde eles tinham mais recursos. Exemplo disso foi a série Final Fantasy que migrou com FF7 para o play e vendeu como água.
As unicas vantagens do cartucho comparado com o CD-ROM era que o cartucho era mais difícil de ser copiado e que a velocidade de acesso e leitura dos dados era mais rápida. Mas nenhum dessses fatores conseguiu prevalecer diante do fato de a mídia CD-ROM ser de longe melhor que o cartucho. Que pena, fim de uma era.



CONCLUSÃO

Bom, ficou bem claro que a evolução dos cartuchos de videogame se deu mais na parte de armazenamento, afinal, era onde mais interessava, afinal, mais espaço maior qualidade dos jogos.Entretanto podemos notar evoluções no design, por exemplo os cartuchos do Fairchild e do RCA eram simples de tudo, já no Atari podemos ver um começo de customização dos labels (etiquetas) dos cartuchos, mostrando uma preocupação maior com a aparência do mesmo. Outra preocupação que pudemos observar entretanto agora não no lado da estética mas no da segurança contra pirataria foi o caso dos cartuchos do Super Nintendo e Super Famicom, que apesar de serem da mesma empresa tinham encaixes e formatos diferentes.
Observamos também que tiveram diversos cartuchos, grandes, pequenos, finos, coloridos, em forma de cartão (como o HucCard), alem de termos como forma de armazenamento dos jogos VHS e disquetes. Mas tudo isso está acabando, para os console de mesa já terminou, estamos na era dos DVDs e Blue-Ray, entretanto os portáteis tem pequenos cartuchos, acredito eu que não passe dessa geração, afinal tudo pode ser baixado pela internet agora.

Os cartuchos vão deixar saudades, isso é fato, foi-se o tempo onde iamos até uma locadora e observavamos eles nas estantes, enfim, nada dura para sempre, físicamente... porque nas nossas memórias eles ficarão vivos eternamente, desde os "cartuchos" do Magnavox Odyssey até o "Ultimo Samurai" dos cartuchos Nintendo  64. Honestamente me deu um aperto no peito vendo a evolução deles até sua extinção, então aqui vai meu pedido, colecionadores, não deixem eles morrerem.... E eu gostaria de encerrar com a seguinte frase que resumi o que tenho certeza que todos tem orgulho de dizer:  EU VIVI NOS TEMPOS DO CARTUCHO...

Só nos resta lembrar...
Fontes: Wikipedia, Forum OuterSpace Terra, VideoGame Console Library, Google (para alguams as imagens)

4 comentários:

M. Murad disse...

Nossa! Acho que nunca encontrei uma matéria tão abrangente sobre o assunto! Tem tudo aí! Ou melhor, quase tudo (cara como eu sou chato!)

Faltou só os portáteis, não deixa de ter havido uma boa evolução do Game Boy , passando por Lynx, Game Gear, GB Advance até chgarmos ao DS.
Talvez num próximo post não?!

Abraços e parabéns, ótimo post!

Anônimo disse...

Opa, valeu Murad. E olha que só dei uma pincelada ,até porque achei especificações técnicas de poucos cartuchos, e para colocar apenas de alguns resolvi deixar apenas o básico.

Realmente daria uma boa matéria em relação aos portateis, quem sabe um dia né hehehe.

Abs pra vc tbm fera, obrigado por acompanhar nós. E pode ter certeza que estamos dando F5 diariamente no seu tbm hehehehehe

Wren Core disse...

Parabéns pela matéria! Muitos consoles ai não sabia da existência, o VP-1000 por exemplo tem uma fato curioso, possui o mesmo processador do MARK III ou MAster System.
Porem o "ultimo dos samurais " não foi o Nintendo 64, foi um console lançado pra concorrer com o Nintendo Wii (!) chamado XAVIX se não me falhe a memoria, dizem que não parou de ser produzido ainda. Esse video fala sobre ele:

http://www.youtube.com/watch?v=3m_EUbBHu5k

Fanti disse...

CARACAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA, FIQUEI DE BOCA ABERTA COM A MATERIA, PERFEITA, MUITO DETALHADA! ADOREI!! PARABENS MEU AMIGO

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